A MUBi – Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta – vem relembrar que a bicicleta é uma excelente alternativa para deslocações urbanas, em dias de greve mas também noutros dias, quando o trânsito automóvel excessivo dificulta a mobilidade e nos impede de chegar a horas ao nosso destino.

De bicicleta, sabe-se sempre quanto tempo demora um determinado percurso. Qualquer pessoa, que ande de bicicleta esporadicamente, poderá fazer 10kms sem esforço e demorar entre 30 e 60 minutos, dependendo da orografia e percurso escolhidos.

A greve de amanhã afectará cerca de 1 milhão de pessoas e facilmente se demorará 1 hora para fazer distâncias relativamente pequenas. Usando a bicicleta, poupa também o tempo de estacionar, bem como os custos inerentes à utilização do automóvel particular.

Para quem não se sente confiante e tem dúvidas sobre a utilização da bicicleta como meio de transporte, a MUBi está sempre disponível para ajudar nesse processo, inclusivé com um programa gratuito de acompanhamento inicial –  projecto Bike-Buddy. Para obter informação básica de segurança poderá consultar a nossa página: http://bikebuddy.mubi.pt/dicas/manual/.

Amanhã faça uma escolha racional. Faça greve ao automóvel e vá de bicicleta para a cidade!

4 Responses to 5a feira, faça greve ao carro, vá de bicicleta!This thursday, put the car on strike and take your bicycle!

  1. José Garcia diz:

    Hoje não utilizei a bicicleta, mas estive particularmente atento às movimentações de utilizadores da bicicleta em vários pontos da cidade de Lisboa (Saldanha, Arco Cego, Campo Pequeno, Entrecampos, Campo Grande, Alameda da Universidade, Avenida Brasil, Avenida de Berna e Praça de Espanha).
    Aqui deixo algumas constatações:
    1. Do ponto de vista de utilização do transporte individual, houve menos viaturas que as que circulariam num dia normal de trabalho para esta época do ano, mas houve muitas mais viaturas a circular na cidade que em dias úteis em períodos de férias escolares. (Note-se que houve muitas escolas básicas e secundárias encerradas).
    2. Do ponto de vista da utilização da bicicleta, poder-se-ia eleger este dia como o verdadeiro dia da mobilidade.
    Constatei muitas caras novas a utilizarem a bicicleta como meio de transporte em alguns percursos. Pela primeira vez, verifiquei quase tantas bicicletas clássicas e de estrada a circularem nas ruas quantas aquelas que normalmente se vêem; de suspensão total, de travões de disco, desportivas topo de gama, etc.
    3.Pela primeira vez, verifiquei mais pessoas a circularem de bicicleta com roupa de utilização quotidiana (para irem trabalhar) e menos com vestuário de cicloturismo ou desportivo. Até então, só tinha verificado esta situação nas bicicletadas da Massa Crítica nas últimas sextas-feiras de cada mês em vários pontos do país.
    4.Pela primeira vez, vi maior utilização da rede viária pela bicicleta do que a utilização das ciclovias existentes. Isto deve levar a reflectir sobre a forma como as ciclovias foram pensadas e construídas e no serviço efectivo que prestam à comunidade.
    5.Pela maior circulação de bicicletas, assisti a um número muito expressivo de contra-ordenações por parte de ciclistas, sobretudo na faixa etária dos 15 aos 24 anos, em regra, alunos do ensino secundário e superior.
    Neste particular, verifiquei que foram cometidas muitas infracções e quase sempre em que o ciclista se expôs ao perigo ao não respeitar a sinalização luminosa em intersecções. Outros, mais receosos do perigo, optaram por sair da estrada na zona das passadeiras e vencer o cruzamento utilizando o passeio e atravessando na passadeira da via transversal, misturando-se com os peões.
    6.As pessoas adultas e mais idosas utilizavam mais a rede viária e quando atravessavam nas passadeiras faziam-no com a bicicleta à mão, dando cumprimento ao Código da Estrada. Porventura estas pessoas teriam Carta de condução e conheceriam as regras do trânsito.
    7.As camadas mais jovens deslocavam-se em velocidades mais elevadas, com uma condução irreverente sobre passeios (sem ciclovia), ziguezagueando por entre os peões.
    Este fenómeno com os ciclistas adolescentes está de certa forma em linha com o que acontece com o tipo de condução dos “recém-encartados” (entre os 18 e os 25 anos) e com a forma de circulação a pé por parte da comunidades escolar, que representam as maiores taxas de sinistralidade rodoviária no país, respectivamente, por condução perigosa e por atropelamento.
    8.Muitas bicicletas não dispunham de dispositivos luminosos ou retrorreflectores.
    9.Muitas pessoas que se deslocaram de bicicleta com vestuário quotidiano e/ou que circularam nas faixas de rodagam rodoviárias, o fizeram sem utilizar capacete.
    10.Poucas pessoas utilizaram colete retrorreflector.
    11.Muitos ciclistas estudantes transportavam mochilas às costas e o peso destas estorvava os movimentos de condução, balanceando para um ou outro lado em função da velocidade e raio de curvatura com que esses ciclistas se movimentavam por entre carros ou pessoas.
    12.Verifiquei muito poucas bicicletas estacionadas na rua, com excepção de alguns estabelecimentos de ensino superior.

    José Garcia

  2. Nicolau Fagundes diz:

    Ponto de partida: Praça de Espanha (Lisboa)
    Ponto de chegada: ALfragide (Alegro)
    Tempo demorado: 25 minutos

    Qual a regularidade com que utiliza a bicicleta como meio de transporte?
    Todos os dias faça chuva ou faça sol, há quase 3 anos.

    Se o faz habitualmente, quais as diferenças que notou?
    Poucos automóveis e poucos ciclistas.

    Quais as dificuldades que encontrou?
    Nenhumas.

    Indique uma medida que adoptaria (enquanto ciclista, ou autarca, ou condutor automóvel, etc) para contrariar essas dificuldades?
    O que eu gostava era que fosse feita uma campanha, em grande escala, nacional de sensibilização para os beneficios economicos,ambientais, de saude e sociais da utilização da bicicleta como meio de transporte. Estamos a tornar-nos num povo velho, gordo e doente!

    Gostava que quem vá trabalhar amanhã e tenha uma bicicleta tentasse utilizá-la!
    Gostava!!!

  3. mbbl diz:

    Olá,

    Aqui fica a partilha das minhas pedaladas urbanas diárias em Lisboa e também em dias de greve de transportes:

    Ponto de partida: Alvalade/Teatro Maria Matos
    Ponto de chegada: Picoas/MAC
    Tempo demorado: 10 minutos

    Qual a regularidade com que utiliza a bicicleta como meio de transporte?
    Todos os dias faça chuva ou faça sol!

    Se foi a primeira vez, tenciona repetir?
    Já utilizei a bicicleta em outros dias de greve e claro que tenciono repetir.

    Se o faz habitualmente, quais as diferenças que notou?
    Nestes dias noto mais pessoas a andar a pé, especialmente na Avenida da República, o trânsito tende a estar parado pois há menos autocarros mas mais viaturas particulares.

    Quais as dificuldades que encontrou?
    Não noto nada, continuo a circular de forma cuidadosa e atenta.

    Indique uma medida que adoptaria (enquanto ciclista, ou autarca, ou condutor automóvel, etc) para contrariar essas dificuldades?
    Estar sempre atento.

    Gostava que quem vá trabalhar amanhã e tenha uma bicicleta tentasse utilizá-la!

    Acho que seria uma óptima oportunidade para as empresas de aluguer de bicicletas fazerem campanhas publicitárias e as instituições não comerciais, como a MUBI muito bem está a fazer, divulgassem e incentivassem o uso da bicicleta como meio de transporte!

  4. António Jesus diz:

    ponto de partida: Sobreda Caparica
    ponto de chegada: Carnaxide
    tempo demorado: 50 minutos
    qual a regularidade com que utiliza a bicicleta como meio de transporte? Praticamente os dias utéis
    se o faz habitualmente, quais as diferenças que notou? não irei trabalhar amanha porque precisava do barco para atravessar o rio, que irá estar em greve e que inclusivé falam em eliminar a carreira (Trafaria-Belem)
    indique uma medida que adoptaria (enquanto ciclista, ou autarca, ou condutor automóvel, etc.) para contrariar essas dificuldades?
    Medidas? Criar ciclovias a sério, não aquelas que estão disfarçadas nos passeios que nem os ciclistas, nem os peões quase dão por elas… Outra seria as empresas onde trabalhamos terem meios para nós. Já há algumas pioneiras nesse ponto, eu ando a tentar fazer algo na que eu trabalho.

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