Ontem (29/8/2013), o Presidente do Automóvel Clube de Portugal (ACP) em entrevista à Lusa defendeu o seguro obrigatório para bicicletas, em virtude da revisão do Código da Estrada. A MUBi gostaria de esclarecer porque é que Carlos Barbosa está errado e contraria o que hoje são, comprovadamente, as mais avançadas e mais sustentáveis políticas para o fomento e melhoria da qualidade de vida nas nossas cidades:

  1. A condução de um veículo motorizado não tem paralelo com a condução de um velocípede, no que respeita ao risco gerado para os utilizadores da via pública. Em Portugal, as cerca da 700  vitimas mortais resultantes de acidentes de viação em 2012 são o testemunho trágico deste flagelo.

  2. Em nenhum país da Europa é obrigatório um seguro para as bicicletas. Portugal estaria a andar para trás ao fazê-lo, porque o futuro é fomentar o uso da bicicleta e não dificultar a sua adoção. Um seguro obrigatório para ciclistas travaria a geral tendência de aumento que estes meios estão a ter na nossa sociedade e, consequentemente, aumentaria a presença do automóvel nas cidades. Os impactos negativos de tal medida seriam inúmeros: maior dependência energética, maiores níveis de poluição, aumento da obesidade,  aumento das desigualdades sociais, entre muitos outros.

  3. Se houvesse mais ciclistas nas nossas cidades, a segurança de todos aumentaria (tendo em conta a Princípio de Jacobsen) e o prémio de seguro dos automobilistas tenderia a diminuir, pois o seu risco também seria menor.

  4. É o risco para terceiros que determina a existência de qualquer seguro obrigatório. São os elevados danos humanos e materiais causados por veículos motorizados que justificam essa obrigação. Seria um absurdo colocar a utilização da bicicleta num patamar semelhante, pois esta tem uma massa e uma velocidade de deslocação incomparavelmente inferiores.

  5. Além disso, um ciclista tem sempre um incentivo extremamente forte para adotar um comportamento prudente, dado que está sempre em causa a preservação da sua própria integridade física – ao contrário de um utilizador de automóvel – que, num eventual choque com um peão ou ciclista, é sempre a parte mais protegida.

  6. No entanto, a lei deverá garantir que a responsabilidade de prudência deverá ser de quem anda mais rápido, arranca mais rápido, tem maior massa, e causa mais danos. São estes que devem guardar distância de segurança para quem anda e arranca mais lentamente. É esse o espírito e a letra da revisão do Código da Estrada, que assim se coloca a par com a legislação do resto da Europa.

  7. A MUBi pergunta: quando é que vamos ter em Portugal uma associação de automobilistas que, tal como as suas congéneres europeias, defenda realmente os seus associados, promovendo efetivamente a segurança de automobilistas, peões e ciclistas, através da sensibilização para comportamentos civilizados entre os condutores de veículos potencialmente geradores de danos graves? Do ACP deveríamos esperar que encorajasse mais e melhor fiscalização de comportamentos verdadeiramente perigosos, apelando à cordialidade e ao aumento da segurança de todos, em especial dos mais vulneráveis. Por este caminho, qualquer dia teremos o ACP a reivindicar um seguro obrigatório para os peões que quiserem atravessar as ruas. Porque, segundo o presidente do ACP, mesmo nos atropelamentos nas passadeiras, “a responsabilidade é mais dos peões”.

  8. Segundo a Diretiva 2005/14/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, transposta parcialmente pelo DL n.º 291/2007 de 21 de agosto: “Os danos pessoais e materiais sofridos por peões, ciclista e outros utilizadores não motorizados das estradas, que constituem habitualmente a parte mais vulnerável num acidente, deverão ser cobertos pelo seguro obrigatório do veículo envolvido no acidente caso tenham direito a indemnização de acordo com o direito civil nacional.”

  9. A exemplo do que é prática na maior parte dos países Europeus, a MUBi defende a introdução do Princípio da Responsabilidade Objetiva (Lei de Badinter / Strict Liability) de forma mais clara e explícita na legislação Portuguesa.

Por tudo isto, a MUBi lamenta que o presidente do ACP tenha posições tão retrógradas e apela a que passe a ter um discurso mais atual, responsável e conhecedor das boas práticas europeias nestas matérias. Este tipo de posição encerra uma lógica jurídica superficial e evidencia a permanente tentativa, por parte do presidente do ACP, de desresponsabilização do automobilista pelo potencial e assimétrico dano que possa causar aos mais desprotegidos frequentadores da via pública: ciclistas e peões. No entanto, a MUBi disponibiliza-se desde já a debater, de uma forma séria e sem demagogias, estas questões, e a colaborar com o ACP para encontrar formas construtivas de contribuir para um convívio mais saudável e seguro entre todos os modos de transporte em Portugal.

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44 Responses to Seguro obrigatório para ciclistas! Porque é que o Carlos Barbosa está errado?

  1. Ricardo diz:

    É triste só olharmos para o nosso umbigo. Claro que sou a gavor do aumento dos direitos para os ciclistas, e não sou se meter todos no mesmo saco, mas e os abusos? E os deveres? Seguro obrigatório para ciclistas, sim. Falam da Holanda, que não conheço, mas na Suíça é obrigatório seguro de responsabilidade civil. Sim, porque qualquer veículo ou pessoa que circula na via pública, pode provocar dano, e para isso serve um seguro.

    • ADRIANO RESENDE diz:

      Há Seguros de Multi Risco Habitação em que está incluído a Responsabilidade Civil, dos proprietários,dos descendentes de animais domésticos (cão e gato desde que não sejam de raças consideras perigosas neste caso o cão, e também incluída a bicicleta no caso de sinistro. Eu tenho com abrangência quando circulo na bicicleta.

  2. Eduardo diz:

    Boa tarde,

    Eu gostaria que a pessoa responsável por este blog nos esclareça porque compara Portugal à Holanda se as condições de ciclistas não tem comparação.

    Quero também salientar que se os ciclistas ganharam direitos, também herdaram os deveres, e se não os respeitam tem de ser autuados em conformidade.

    De salientar também que ganharam direitos, mas há que os usar de forma cívica, o que na minha experiência acontece com 20% dos ciclistas que encontro nas estradas.

    Para alem do mais querem responsabilizar os carros por acidentes cometidos por culpa dos ciclistas. MAS ISTO FAZ SENTIDO??? Vai começar a haver uma serie de falcatruas nas seguradoras para reparar e optimizar bicicletas, já para não falar que se eu não tenho culpa, não tenho de ficar com o dano do carro, muito menos agravar o meu seguro em prol do descuido de outros.

    No limite activem o “seguro do estado” porque podem estar certos, o do meu carro se tal acontecer não vão utilizar.

    Muita coisa se fala de andar de bicicleta e deixar os carros, e tudo vai ficar mais seguro. Meus caros, antes de se tentar ser como os outros, há que verificar se temos condições, e se não temos há que cria-las. Só depois implementamos.
    Alem disso gostava de ver os senhores que tanto falam em acabar com os carros, desfazerem-se dos deles, e ir para uma reunião de negócios num dia de inverno à chuva de fato e com uma pasta, ou passear clientes em bicicletas comunitárias. Por favor!!!

    Meus senhores, eu não sou contra os ciclistas, mas cada coisa no seu lugar. Exageros em qualquer situação é erro, e estamos a chegar a este ponto no que respeita aos ciclistas.

    VIVEMOS NUM PAIS LIVRE QUE CADA UTILIZA O QUE QUER. CONDICIONAR UNS EM PROL DE OUTROS É UM ATENTADO À LIBERDADE DOS AUTOMOBILISTAS. E SE QUEREM SER GORDOS, E NÃO FAZER EXERCÍCIO, O PROBLEMA É DELES! NÃO SÃO ARGUMENTOS VALIDOS!!!

    Eduardo Pinto
    Guimaraes

  3. lufra diz:

    É se um ciclista atropelar um peão e forem ambos parar ao hospital, a responsabilidade será do automóvel?
    Se sim, qual?

  4. Luís Filipe diz:

    Boa tarde, sobre todo este assunto existem alguns pontos que devemos realçar…

    Holanda x Portugal ??? nem no berlinde ganhamos

    Em amsterdão uma cidade em que não conseguimos NÃO deixar de ver uma bicicleta (desculpem pela dupla negativa) não existem subidas nem descidas como no nosso país, nao é igual passar 30 minutos a pedalar em lisboa ou em amsterdão e os que discordarem tão a ser hipócritas.
    Em segundo lugar e indo mais concretamente ao ponto do texto, Não considero que nenhuma das posições adotadas pelos responsáveis destas associações (ACP e MUBI) sejam as mais corretas, é impensável eu estar no meu carro parado ou não, e sem culpa alguma ter de responsabilizar-me pelo erro dos outros.
    também concordo que na maioria dos casos os automobilistas sejam os que cometem mais erros. (Normal pois há mais carros que bicicletas a circular)
    mas infelizmente não podemos deixar tudo para o bom senso e o civismo, então têm de entrar os seguros em jogo,
    Não concordo que os ciclistas tenham de pagar algum tipo de imposto, mas sem seguro torna-se complicado ser equiparado a um automóvel quando na via, o automobilista até pode estar mais protegido, mas também pode sofrer injúrias graves não contra uma bicicleta mas contra outros carros, postes, na sequência de um acidente causado por um ciclista, e a verdade é que se nota já alguma diferença nos comportamentos depois da alteração, os ciclistas que tinham de ter cuidado extra alguns deixaram de o ter, e os automobilistas que “mandavam” na estrada têm agora de se adaptar a uma nova realidade.
    para acabar acho que os problemas com as bicietas no trânsito que deixam os automobilistas mais nervosos é o “anonimato” que as bicicletas transmitem pois nao há qualquer maneira de rastrear um comportamento e púni-lo sem ser em flagrante

    Obrigado e desculpem os erros.

  5. Sérgio diz:

    “Como deve ter lido a MUBi considera que a obrigatoriedade do seguro para ciclistas não faz sentido”

    Deixo apenas uma questão ou comentário.
    O pressuposto é que terá de ser o veiculo de maior massa a ter de ter mais cuidado e a pagar os estragos.
    Ora e se esse veiculo estiver parado(bem parado) e um ciclista lhe for bater e o danificar?
    Terei eu de pedir desculpa ao ciclista por depois de ter pago seguro, selo, IPO e todos os demais impostos e ter estacionado o carro bem ou de estar apenas parado num semaforo, não tive a presença de espirito de lhe sair da frente?

    Meus caros o nome do seguro diz tudo. Responsabilidade civil. Quem tem direitos tem responsabilidades e quem estraga e viola o direito à propriedade tem de pagar.

  6. Domingos diz:

    Na minha opiniao ambos tem razao, pois cada um ve as coisas de sua maneira ,o melhor para todos para que ninguem fique lesado e um seguro que seja feito a pessoa e que nesse seguro inclua a pessoa enquanto peao,ciclista,motar,automobilista ou seja la o que ele pratique ,patins,skate,corrida,caminhadas,escalada,etc,assim ninguem fica lesado se ando de bicicleta estou protegido se ando de patins,skate ou seja la o que for trotinete mota etc tambem se conduzo um carro tambem ,assim o seguro era feito nao ao carro mas sim ha pessoa ate em casa se pode ter um acidente se tiver 2 carros 1 mota 3 bicicletas so paga um seguro so anda com uma viatura de cada vez poupava-se dinheiro e estavamos todos seguros, eu a correr ou andar a pe posso causar um acidente grande e nao ter dinheiro para pagar, ninguem tem o direito a estragar a vida de ninguem
    Sou a favor de um seguro ao individuo atravez do n de contribuinte ou bi,esta e a minha opiniao,a vida custa a todos

  7. Vicente diz:

    Boas.
    Eu concordo perfeitamente com o Sr. do ACP.
    Sou motociclista, e tive um acidente com um ciclista de 74 anos, sem qualquer conhecimento de regras de trânsito que se lembrou de cruzar uma Estrada Nacional, passar um duplo continuo e passar-me à frente. Resultado para evitar um choque total tentei desviar-me, tendo ainda tocado no Sr.. Caimos os dois fui de zorro um metros, parti a moto, capacete, rasguei o fato, botas, mochila e PC etc milhares de euros de prejuizo. Resultado: não ha seguro, a minha companhia de seguro nada faz pois não há uma companhia de seguros do outro lado, o Fundo de Garantia Automovel não paga nada etc etc. O Sr. tem uma pensão de sobrevivencia. Vou par uma acção civel contra ele? SÓ IRIA PERDER MAIS DINHEIRO.
    Se o seguro fosse obrigatório o FGA assumia os estragos mesmo que não tivesse seguro, assim batatas. E lá fico eu com o prejuizo de muitos anos de trabalho, porque há quem pense que podem fazer florzinhas e andar por aí à vontade porque não fazem mal a ninguém.
    Não sejam ingênuos e crentes, não estamos na Holanda ou Canadá, não somos iguais a eles. Não somos responsáveis. a teoria do velhinho foi logo arranjar desculpas e dizer umas mentiras, foi ridiculo, só faltou dizer que eu é que sá da minha faixa.

  8. pjmoura diz:

    Quer-me parecer que para muita gente o uso de carro deveria ser obrigatório para quem usa bicicleta.

  9. Paulo Vicente diz:

    Boas tardes a todos principalmente nos temos por ca falta de civismo os adolescentes e alguns adultos a circular com bicicletas em contra mao em cima de passeios nao respeitando nada nem ninguem e o que se passa hoje em dia com as autoridades a nao ligarem nenhuma ao assunto agora quem anda de bicicleta nao tem deveres pode circular aos pares na estrada na conversa com o parceiro do lado e ir empatando o transito nao tem problema isto ate algum bebado ou maluco atropelar algum ciclista esta alteraçao ao cod foi errada mais a pouco vou a contornar uma rotunda que tem a sinalizaçao em todas entradas de cedencia de prioridade e tendo feito os respectivos sinais (piscas )quando vou para sair da rotunda reparo num ciclista de bicicleta de corrida que vem a entrar na rotunda lançado para o individuo nao se espetar na minha carrinha paro e faço lhe sinal para seguir qual nao e o meu espanto que o individuo em vez de me agradeçer ainda me começa a ofender dizendo que nao liguei o pisca ,portanto para muitos individuos que andam de bicicleta nao existe cod da estrada nem tem deveres e uma festa
    por acaso este individuo pelo aspecto ate deveria ter posses mas se nao tive-se e se me abalroa-se a carrinha quem pagava a reparaçao ?? ou eu era obrigado a ficar com o prejuizo ?
    So mais uma coisa tambem ando de bicileta circulando sempre o mais encostado possivel a direita em fila indiana como mandava o cod , nao ando tanto como gostaria e andava antigamente
    fiz 3x o Caldas Badajoz 1 Caldas Termas Monfortinho
    cumprimentos
    Paulo Vicente

    • RF diz:

      Caro Paulo,

      Pelo que percebi, acha que o novo código da estrada é um erro porque há bêbados e malucos a conduzir automóveis que podem atropelar ciclistas que, correctamente, ocupem o seu lugar no eixo da via. Essa posição permite que os outros utentes da via se apercebam, a maior distância, e mais facilmente, da presença de um ciclista na estrada. Por outro lado, de noite, dois ciclistas circulando a par, duplicam o número de luzes que assinalam a sua presença, em oposição a uma formação em fila indiana.

      Fico feliz por também andar de bicicleta e, se anda menos do que gostaria, só lhe posso sugerir que experimente incorporá-la nas suas deslocações do quotidiano. Estou certo que tem algumas deslocações de 2 ou 3 kms em que ainda utiliza o automóvel, mas que poderia facilmente trocar pela bicicleta. Verá como é mais rápido e mais saudável para si e para quem o rodeia.

      Se estamos a comparar CVs, fiz:
      – 500+ vezes Oeiras > Lisboa > Oeiras;
      – 500+ vezes Oeiras > Cascais > Oeiras;
      – 500+ vezes Oeiras > Sintra > Oeiras;
      – umas poucas viagens de algumas centenas de kms pelo sul do país.
      Não sei se isto dá pontos, ou prémios (para além de mais saúde), mas pareceu-me pertinente.

      Finalmente, pelo aspecto do seu texto, eu até poderia depreender muitas coisas sobre si, pois o seu discurso é extremamente difícil de entender. Tal como na estrada, a gramática também tem regras que facilitam a comunicação. No entanto, eu prefiro não me basear nas aparências.

      cumprimentos

      RF

    • Pedro diz:

      Caro Sr. Paulo
      1º Não é um seguro que vai dar civismo ou bom senso a quem não o tem.
      2º São raros os acidêntes em que o ciclista é o culpado e quando estes ocorrem os danos que uma bicicleta pode causar é minimo na esmagadora maioria das vezes. No entanto com muitos ou poucos danos, sendo o ciclista o culpado, terá que arranjar forma de pagar os danos, tal como um peão terá que o fazer se provocar um acidênte, ou também acha que os peões têm que ter seguro? Quem não tiver posses para pagar, será uma situação psra o tribunal resolver.

  10. António Moniz diz:

    Já se percebeu que a medida proposta pelo presidente do ACP é estúpida e descredibiliza o clube.
    Estúpida, porque o Sr. Barbosa não sabe do que fala. Acontece com muitos políticos. Mas aqui bastaria um mínimo de informação, que foi coisa que ele nem procurou.
    Na Alemanha, no Canadá e provavelmente em quase todos os outros países não existe tal seguro.
    O que tenho, e que todos os cidadãos devem ter (voluntariamente), é um seguro de responsabilidade civil. Simples e barato. Que se aplica em qualquer situação: quer esteja numa loja de porcelana (e não é preciso ser elefante…), quer tropece na rua e quebre um objecto de terceiros, ou ande de bicicleta (ou trotinete, patins…).

  11. A Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta junta-se à Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta, para condenar ideia peregrina de Carlos Barbosa do Automóvel Clube de Portugal, sobre a obrigatoriedade de um seguro para bicicleta.

  12. Luis Silva diz:

    de um ciclista tolo que vai de bicicleta para lisboa:

    pode ser que chegue ao Exmo. Sr. Presidente do ACP (que quer obrigar as bicicletas a ter seguro)

    na holanda há uma média de 2,5 bicicletas por habitante. imaginem ter um seguro para cada.

    tinha era que se fazer como lá. os PEÕES e as BIKES tem prioridade sobre tudo. tudo foi feito a pensar em facilitar a vida a quem se desloca dessa forma (de bike ou a pé):

    – as estradas
    – os semáforos
    – as ciclovias
    – transportes públicos

    os carros?? os carros que se lixem. e foi mesmo assim que um pais inteiro passou a andar de bike.

    estradas com 4 faixas cheias de engarrafamentos, não havia solução, então reduziram-nas a 2 faixas, e fizeram passeios e ciclovias…
    quem quiser vir de carro ainda se lixa mais… e então tudo desistiu do carro.

    EM PORTUGAL??
    EM PORTUGAL QUEREM NOS OBRIGAR A TER UM SEGURO PORQUE NÃO TEMOS SITIO PARA ANDAR (CICLOVIAS) A NÃO SER EM PLENA ESTRADA, E COMO NINGUÉM NOS RESPEITA E USAM A LEI DO MAIS FORTE, TEMOS QUE TER SEGUROS… tá boa

    EM PORTUGAL, querem que as pessoas poupem o ambiente, mas estão sempre a arranjar maneira de melhorar quem trás o carro para o meio da cidade (túnel do amoreiras, melhorias na rotunda do marques). Porque não fazer o inverso e facilitar quem não trás??

    obrigatoriedade de seguro é uma medida dissuasora de quem anda ou pensa andar de bicicleta

  13. Ricardo diz:

    Bom dia
    Esta nova polémica do Seguro obrigatório para os velocípedes, é muito engraçado.
    A maior parte dos senhores que opinam aqui, não fazem a noção o que é andar de bicicleta na estrada.
    A falta de civismo que têm!
    Basta um toque, para nos matar. Sei que há muitos ciclistas irresponsáveis, mas os automobilistas são bem piores.
    Não concordo com esta nova lei e de direito que temos equiparados com os automóveis. A única coisa que gostava que fizessem, era que houvesse mais civismo de todos.
    Os peões também têm culpa disto tudo, a ciclovia, como o nome indica, Ciclovia, e não Pedovia!
    Já estou a mudar de assunto, isto seria outra guerra a debater.

    Cumprimentos

  14. Pedro Bernardo diz:

    Perde-se muito tempo a apontar o dedo e a arranjar culpados e pouco a identificar soluções e resolver problemas. As estradas, tal como as responsabilidades, devem ser partilhadas em harmonia. Sou ciclista, mas também automobilista, por isso acho que temos de apelar ao bom senso e ao respeito mútuo. O Sr. Carlos Barbosa devia ser mais responsável nas suas declarações pois tutela uma organização importante e tem de dar o exemplo, algo que lamentavelmente não faz.

    Pedro

  15. maria diz:

    todo o cuidado é pouco, desde sempre ouvi dizer que devemos ter cuidado connosco e com os outros tentando prever situações de risco, pois se os ciclistas não sabem as normas não as podem cumprir, mas também quem é encartado, muitas vezes procede como se nada soubesse. Sobre as bicicletas, muitos ciclistas agem como se fossem donos de todos os espaços, sem as mais elementares regras de segurança, se até aqui o faziam, agora ainda é pior depois que souberam que tem novos direitos, os quais ainda nem sequer estão em vigor, mas eles acham que sim, esquecendo que há milhares de condutores em Portugal que desconhecem as novas normas e que portanto irão correr riscos se não tiverem cuidados. Quanto ao seguro poderá ser útil se um ciclista se vir envolvido num acidente do qual seja culpado e os prejuízos forem elevados, mas por outro lado alguns acharão que se baterem o seguro paga e então não sei se não levará a que sejam mais descuidados.

    • Joao 2 diz:

      Maria, sei que as mulheres gostam de ser manipuladoras colocando os problemas ao contrário. Não tente enganar. Não são as bicicletas que se comportam como se fossem donas de todos os espaços, são sim os carros. As bicicletas são magrinhas. Os carros são gordos, e ainda por cima cheiram mal, provocam cancro e levam Portugal à falência por causa da importação excessíva de pretóleo.
      Nas ruas das cidades, não se plantam árvores e não se enlargam os passeios por causa da praga dos carros que ocupam tudo.
      Como o espaço não chega para tanto carro, ainda se põem a defender que os passeios deveriam ser mais curtos e que as árvores deveriam ser cortadas!!!!

      O transtorno está sim nos carros e não nas bicicletas. As bicicletas são solução (parcial é certo) para o problema.

  16. Joaquim Vitorino diz:

    Não vejo necessidade nem conveniêcia que justifique o seguro obrigatório para ciclistas. Vejo sim como necessidade, assegurar que os ciclistas que transitam na via pública tenham os conhecimentos mínimos de trânsito (eu tirei carta de condução de bicicleta)para convergindo para melhores práticas e que utilizem principalmente as faixas de rodagem e ciclovias, ao invés de passeios e passadeiras, muitas vezes pondo em risco e atormentando os próprios peões no seu espaço. Como já foi referido, e bem, o ciclista, como parte mais frágil no trânsito, deverá usar uma condução e conduta mais defensiva, em seu próprio benefício. Estive pensando no ciclista adulto e não querendo generalizar, mas acho de extrema importância a necessidade de por em ordem as crianças que brincam com as suas bicicletas em tudo quanto é sítio e que são o perigo que espreita o automobilista a todo o momento. A culpa não é das crianças!Quando é que as autoridades chamam os pais e tutores á responsabilidade, agora que o novo Código da Estrada cntempla este assunto?

  17. Diogo Dias diz:

    Este texto faz-me muito sentido. Não acho que faça sentido um seguro para ciclistas. É um sonho meu ver este país “dominado” pelas bicicletas, como já acontece em muitos países do norte da europa. O que eu gostava mesmo muito é que os ciclistas (peço desculpa pela generalização, mas são mesmo a maioria) passassem a cumprir as regras da estrada, parando nos vermelhos, não andando ao contrário do sentido do trânsito, não aproveitando as passadeiras de peões para cortar caminho quando não é conveniente esperar num cruzamento, não andando nos passeios fazendo slalom pelos transeuntes… etc etc etc… sou, faço questão de o ser, um condutor calmo e muito consciente, que cumpre na totalidade as regras de trânsito, num país onde ainda (que tristeza) sou gozado por isso, e eu próprio já muitas vezes ia tendo acidentes com ciclistas, por inconsciência destes…

  18. Ricardo Silva diz:

    A argumentação da MUBI tem alguma razão de ser.
    No entanto verifico que por diversas vezes os utilizadores das bicicletas em ambiente citadino e quando utilizam as vias rodoviárias usam e abusam da sua fragilidade, pois com frequência ignoram a existência da sinalização luminosa (v.g. semáforos) passando vermelhos, esperando que os automobilistas ou os motociclistas se desviem ou travem, podendo com essa atitude virem a provocar acidentes graves.
    Fica aqui o meu contributo.

    • Luis Costa diz:

      Concordo com o Ricardo, em virtude da minha actividade profissional já tive que participar vários sinistros com responsabilidade de bicicletas, como ciclista que sou compreendo que facilmente podemos criar um sinistro ou atropelar um peão. Tenho visto vários ciclistas com comportamentos etrriveis, nos passeios ou na estrada. Como condutor não gostava que me provocassem danos e depois não ter a quem os reclamar…fico com o prejuizo??? Basta uma tangente mal calculada que nos risca o carro…..são logo umas centenas de euros em pintura. Logicamente existem maus condutores em carros e bicicletas, mas penso que um pouco de responsabilização não era mau. Mas por desvio profissional nao me vou pronunciar sobre a obrigatoriedade. 🙂 Civismo era uma parte muito importante para todos os envolvidos….
      Tambem me parece que nao sao os 45€ Anuais que iam prejudicar assim tanto o ciclista, nem era por isso que ia andar de carro pois a poupança continua a ser astronomica.

      • Pedro Fonseca diz:

        O problema não está no valor, mas na obrigatoriedade. As pessoas também podem causar acidentes na via e nem por isso são obrigadas a qualquer seguro. O perigo adicional nas vias não é causado pelas pessoas nem pelas bicicletas, mas pelos automóveis. Se só tivermos pessoas e ciclistas nas vias, os acidentes com danos passam a ser a grande excepção e o qualquer seguro desnecessário.

        E sim, há ciclistas com mau comportamento na estrada, mas comparar o perigo destes com o perigo que automobilistas causam quando igualmente não cumprem as regras carece de grande dose de imaginação.

  19. António diz:

    Enquadramento: Por vezes, faço a vida normal de bicicleta por Lisboa (mas, também de carro e de vespa).
    A argumentação tem pontos importantes – principalmente, a necessidade de não criar obstáculos ao uso quotidiano da bicicleta.
    No entanto, afastar a necessidade de um seguro de responsabilidade civil, com base na presunção de prejuízos reduzidos pela pouca massa e velocidade das bicicletas, é uma dedução ingénua ou, então, cheia de umbigo.
    Imagine-se um acidente provocado por um ciclista que avança sem prioridade num entroncamento, levando o condutor de um automóvel, de, imaginemos, duzentos mil euros a guinar para o passeio, atropelando mortalmente duas crianças que estavam pela mão da avó, à beira para atravessar e, ainda, a embater, com danos significativos para o automóvel, num hidrante.
    Situações como esta podem imaginar-se aos magotes. Especialmente com a falta de tento com que muitos de nós circulam de bicicleta, ignorando as regras de trânsito e surpreendendo a todo o momento os automobilistas.
    A indemnização pela responsabilidade civil imputada ao ciclista é muitíssimo maior do que aquilo que nós, que vivemos do trabalho, podemos despender de um momento para o outro (ou, muitas vezes, trabalhando uma vida inteira para o pagar).
    Eu, enquanto peão – e também enquanto automobilista – acho óbvio que tem de haver um modo de garantir que a responsabilidade civil nestes casos é assumida, se não pelo ciclista, por quem, contratualmente ou de outra forma, o substitua.

    • Caro António

      A situação que descreve é possível, mais pouco plausível. Tente estudar mecânica quântica, tudo se resume a probabilidades, neste caso de risco.

      Também pode enquanto peão, ir a atravessar a estrada fora da passadeira, e um autocarro escolar para se desviar de si vai por uma ravina abaixo e morrem dezenas de crianças. Como é?

      É por isso que os peões são obrigados a usar seguro?

      Repare que isto não impede que os ciclistas tenham seguro, e muitos têm, como também não impede que os peões tenham, simplesmente, a lei, e muito bem, não obriga.

      Cumprimentos

      • Paulo Fialho diz:

        A questão aqui não é a mecânica quântica.
        A questão é perceber se é ou não possível que a situação descrita pelo Antonio aconteça?

        É! e se acontecer quem se responsabiliza não só pelos danos provocados mas acima de tudo pelos tratamentos necessários aos terceiros envolvidos?

        Creio que com o aumento do numero de ciclistas esse risco pouco plausivel de que fala aumentará e essa crença que está a tentar motivar se revelará infundada.

        Até porque com o aumento do numero de ciclistas nas estradas portuguesas(que eu acho optimo, até porque também recorro a esse tipo de transporte regularmente)os acidentes entre estes irão também aumentar.

        Não é mecânica quântica. É senso comum.

      • José diz:

        Mecânica quântica?? Ó João, eu até estou de acordo com o resto do seu comentário, também acho que um ciclista não deve ser obrigado a ter um seguro, pois se seguirmos a lógica do António, vamos ter de começar a considerar a obrigatoriedade de seguros em muitas outras situações do dia a dia para além das relacionadas com o transito. Mas a sua referência à mecânica quântica não tem qualquer sentido, e antes de pedir aos outros para “tentarem estudar” a mecânica quântica, devia fazê-lo você, principalmente se for um estudante de física pois se for esse o caso é ainda mais grave, e se não for o caso devia abster-se de fazer esse tipo de citações. O que você queria ter dito ao António era “tente estudar um pouco de probabilidades”, o que seria um absurdo no contexto do comentário que ele fez, já que o ponto é relevante, e você não tem um modelo teórico para justificar que as probabilidades são baixas.

        • Caros
          A mecânica quântica foi uma metáfora, pois é um ramo da física que se baseia em probabilidades.

          O seguro, o risco e a obrigatoriedade de seguro também se baseiam em probabilidade e estatística. É estatística e probabilisticamente mais oneroso um acidente com um automóvel, do que com um velocípede.

          A partir de uma certa probabilidade de risco, quantificável em dinheiro, a lei obriga a que se tenha seguro.

          Em muitas outras situações no dia-a-dia podemos incorrer em gastos muito elevados, mas tais situações têm uma probabilidade baixa de ocorrer.

          Cumprimentos

          • José diz:

            Tudo bem, eu também acredito, apesar de não estar convencido que essa estatística nunca foi feita, que a probabilidade de um acidente com danos graves, ou eventualmente até fatal provocado pelo desrespeito do ciclista ao código da estrada, será reduzida, e que ainda que não o seja não acredito que isso justifique a obrigatoriedade de um seguro. Mas o meu problema com o seu comentário não teve nada a haver com isso, eu percebi perfeitamente o que quis dizer. O meu problema foi a tentativa de arrogância implícita na sua resposta ao António, que não só era desnecessária, já que o ponto do António é relevante, ainda que esteja exposto de uma forma exageradamente criativa, além de que a arrogância é sempre dispensável, nunca acrescenta nada de positivo. E como se não bastasse, a citação em si não tinha cabimento nenhum nem muito menos como metáfora. Uma metáfora aqui seria, por exemplo, comparar a probabilidade de ocorrer aquele tipo de acidente, com a probabilidade de uma qualquer interacção quântica instável. Se sugerir a alguém que “tente estudar mecânica quântica” é para si uma metáfora para sugerir que a pessoa com quem discute não entende o suficiente de probabilidades e estatística para discutir consigo, então com base nisso deduzo que o senhor além de não entender o que trata a mecânica quântica, também não entende o conceito de metáfora. Passe bem.

    • José diz:

      Caro António,
      Concordo plenamente consigo.
      Tenho um exemplo destes na família: o meu irmão teve um acidente com um jovem de 19 anos que com a sua bicicleta resolveu atalhar a curva num cruzamento sem prioridade, cortando-a por dentro. Esta manobra obrigou o meu irmão que conduzia uma mota super-tenere a atirar esta para o chão voando ele para o outro lado, evitando assim embater em cheio no jovem. O resultado foi que a mota foi embater numa viatura estacionada, sendo a reparação da mota no valor 7900€, a viatura 780€, o rapazito ficou com algumas amachucadelas nada importante e o meu irmão está há 4 meses sem trabalhar pois partiu o pulso,tendo de ser operado.
      O jovem não tem seguro, os pais poucos recursos têm e o meu irmão tem um grande problema a resolver.
      Estas coisas não acontecem… A probabilidade é pouca… Só acontecem aos outros e não temos conhecimento de factos. Mas, quando nos calha a nós… Então vamos desejar que a lei obriga-se a que qualquer cidadão que circule nas estradas fosse obrigado a ter seguro.
      Tenho 5 bicicletas na garagem algumas restauradas ao parafuso, adoro andar de bicicleta, procuro andar em conformidade com o código da estrada, mas… quem não atalha por um passeio, por um estacionamento, contra a mão??? Os que não andam de bicicleta! Cumprimentos.

      • João diz:

        Não tem um modelo teórico mas há um modelo prático que são os exemplos dos outros países onde há mais uso de bicicletas e não existe um fenómeno notável de acidentes causados por bicicletas.
        É claro que quando nos calha a nós é chato o beneficio do seguro não conpensa os prejuísos causados. Como em tudo há que ponderar entre risco e beneficios. Os carros causa acidentes? Sim. Deveriamos então proibir os carros? Não. Pois os beneficios conpensam o risco.
        Um seguro obrigatório para bicicletas causaria muito prejuíso ao uso de bicicletas apenas para assegurar não haver complicações legais nos raros acidentes que descreve.

      • Joao diz:

        Não é física quântica. É apenas a massa do veículo e a enércia que que tem ao tentar parar de repente. Para um acidente desses é porque a mota ia em excesso de velocidade e não respeitou a distância de segurança. Por isso…

        Concordo que a polícia deveria agir em relação a infrações de trânsito provocadas por ciclistas. Na minha opinão, passar sinais vermelhos de bicicleta pode não ser grave se o ciclista estiver atento à perda de prioridade. Para um veículo um veículo motorizado é grave pois não tem a capacidade de manobra e de visão de um ciclista.

        Andar de bicicleta nos passeios, pode também não ser grave se o ciclista respeitar a perda de prioridade em relação aos peões. Não incomoda os peões se os respeitar. Incomoda se não os respeitar.
        Pelo contrário, andar a pé numa ciclovia quando há vias pedonais ao lado, feito burro teimoso, é estupido e incomoda sériamente o transito, neste caso, o trânsito ciclável.

        Agora, mudar de direção sem sinalizar, andar de bicicleta em contramão em ruas movimentadas, não parar nas passadeiras, passar sinais vermelhos sem perder a prioridade, andar de noite sem luzes ou ciclar nos passeios enxotando os peões são comportamentos que a polícia deveria atuar.
        Assim como a policia deve atuar, multando os/as idiotas que teimam em andar a pé nas ciclovias. Há multas previstas para isso.

    • Pedro diz:

      Perante tamanha dramatização do eventual acidente por si imaginado porque não o mesmo suceder devido a um peão, ou estes não são susceptíveis de causar acidentes?
      Cumprimentos

    • Joao diz:

      Além disso, para um atropelamento desses é porque um carro vai em excesso de velocidade. 50 kms por hora dentro das localidades? Já ouviram falar nisso senhores condutores? Ora aqui está um bom estímulo para não se andar em excesso de velocidade dentro das localidades.

      Existe uma tendência enorme por parte dos condutores para deitarem as culpas para cima dos outros. Agora, cada vez que ouver um atropelamento em Lisboa ou no Porto, vão os condutores começar com mentiras que havia um ciclista-fantasma a passar e que não respeitou a regra de prioridade?
      O verdadeiro problema nas cidades são os carros particulares, não são as bicicletas, não são os peões, nem tão puco os autocarros.

  20. Carlos Barata diz:

    Como sócio do Acp penso que o clube devia disponibilizar serviços de apoio aos sócios que também utilizam
    bicicletas. Aguardo esperançosamente mudanças de
    Política do clube em relação a este assunto e o necessário desaparecimento deste presidente.

    • Caro Carlos
      O ACP através do seu presidente, infelizmente ao contrários de muitos dos seus clubes congéneres pela Europa, em vez de verdadeiramente promover a segurança rodoviária, apenas procura o populismo fácil, através de chavões comuns da vox populis.

      Cumprimentos

  21. Micael Diogo diz:

    Será que as pessoas pensam antes de dizer tais baboseiras?
    Em vez de andar-mos para a frente e equiparar-mo-nos com os outros paises querem-nos fazer andar para trás! Já agora porque não uma inspecção periódica como fazem às viaturas automoveis?
    Tenham juizo…

  22. Vasco Faria diz:

    Aplaudo de pé este texto…

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