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Dear Mr Secretary-General Ban Ki-moon,

We strongly disapprove of the appointment of Jean Todt, head of the International Automobile Federation / Formula 1, as UN Special Envoy on Road Safety.

Every four minutes a child is prematurely killed on the roads somewhere in the world. Many, many more are injured, often severely. Many of the children who are victims of this man-made calamity are poor – 95% of road traffic fatalities among children occur in low- and middle-income countries: rapid motorization is the main culprit. More than a million people die every year and millions are injured around the world. Since the invention of the automobile more than 40 million people have been killed and many more were injured due to excessive speed.

A paradigm shift is desperately needed to ensure that roads everywhere serve the needs of, and are safe for all those who use them, including children, especially the most vulnerable users such as pedestrians and cyclists.

Our Association (MUBi.pt) is not against cars or the automobile industry and motor sports in closed circuits. However, we strongly believe that a genuine willingness to pursue a true and sustainable road danger reduction implies necessarily that the world’s governments drastically change their transportation policies, making safety and sustainable mobility a top priority. This will imply:

a) to discourage the unnecessary use of motor transport where alternative, benign modes of public transport are equally possible or more viable;

b) to actively promote walking and cycling, which pose little threat to other road users, by taking positive and co-ordinated action to increase the safety and mobility of these benign modes;

c) to pursue a transport strategy for environmentally sustainable travel based on developing efficient, integrated public transport systems.

Many of these policies will imply to defend strong measures restricting car-usage and drastic speed management for motor vehicles. We have no reason to doubt that Jean Todt is a highly competent president of FIA and manager of Formula 1 motor races. But appointing someone that is the head of “…a global organisation that aims to safeguard the rights and promote the interests of motorists and motor sport all across the world” sends the wrong message to the world because it is precisely this biased point of view that can oppose the aims of a genuine and sustainable road danger reduction.

FIA also includes in its by-laws that their first mission is “upholding the interests of its members in all international matters concerning automobile mobility and tourism and motor sport”. We also do not have any reasons to doubt the commitment of Jean Todt to defend motorists’ interests and their safety. However, as head of FIA Todt legitimately represents a “group of interests” which will raise discomfort among our members and fears of future conflicts of interest defending the most vulnerable and most sustainable road users around the world.

The millions of people who will lose their lives or remain seriously injured around the world, too often due to inappropriate speed by motor vehicles, deserve better.

 

Caro Secretário-Geral das Nações Unidas Sr. Ban Ki-moon,

Nós desaprovamos fortemente a nomeação de Jean Todt, presidente da Federação Internacional de Automobilismo / Fórmula 1, como Enviado Especial da ONU para a Segurança Rodoviária.

A cada quatro minutos, uma criança é prematuramente morta nas estradas de algum lugar do mundo. Muitos, muitos mais serão feridos, muitas vezes gravemente. Muitas das crianças que são vítimas desta calamidade feita pelo homem são pobres – 95% das mortes de crianças na estrada ocorrem em países em desenvolvimento: a rápida motorização nestes países é a principal razão. Mais de um milhão de pessoas morrem todos os anos e milhões são feridas em todo o mundo. Desde a invenção do automóvel, mais de 40 milhões de pessoas morreram e muitas outras ficaram feridas devido à velocidade excessiva.

Uma mudança de paradigma é desesperadamente necessária para garantir que as estradas servem as necessidades de todos, são seguras para todos aqueles que as utilizam, incluindo as crianças e, especialmente os utilizadores mais vulneráveis, como peões e ciclistas.

A nossa associação (MUBi.pt) não é contra carros ou a indústria automóvel e desportos motorizados em circuitos fechados. No entanto, acreditamos fortemente que uma genuína vontade de prosseguir uma redução verdadeira e sustentável do perigo na estrada implica necessariamente que os governos de todo o mundo mudem drasticamente as suas políticas de transporte, tornando a segurança e a mobilidade sustentável uma prioridade. Isto implicará:

a) evitar o uso desnecessário do automóvel onde alternativas mais benignas, como transporte público, são igualmente ou mais viáveis;

b) promover activamente o andar a pé e o uso da bicicleta, que representam pouca ameaça para os outros utentes do espaço público, através de uma acção positiva e coordenada para aumentar a segurança e mobilidade destes modos mais benignos;

c) prosseguir uma estratégia de transporte ambientalmente sustentável, baseada no desenvolvimento de sistemas integrados de transportes públicos eficientes.

Muitas dessas políticas implicarão defender medidas fortes de restrição ao uso do automóvel particular, e drásticas alterações na gestão da velocidade dos veículos a motor. Não temos nenhuma razão para duvidar de que Jean Todt é um presidente altamente competente da FIA e gestor de corridas de Fórmula 1. Mas, a nomeação de alguém que é o presidente de “… uma organização global que visa salvaguardar os direitos e promover os interesses de motoristas e desporto automóvel em todo o mundo” envia uma mensagem errada para o mundo, porque é precisamente esta a visão tendenciosa que pode opor-se aos objectivos de uma genuína e sustentável redução do perigo rodoviário.

A FIA também inclui nos seus estatutos que a sua primeira missão é “defender os interesses dos seus membros em todas as questões internacionais relativas à mobilidade automóvel e ao turismo e desporto motorizados”. Nós também não temos razões para duvidar do compromisso de Jean Todt para defender os interesses dos automobilistas e a sua segurança. No entanto, como chefe da FIA, Todt representa legitimamente um “grupo de interesses” que irá aumentar o desconforto entre os nossos membros, e receios de futuros conflitos de interesses na defesa dos utentes da estrada mais vulneráveis ​​e mais sustentáveis ​​em todo o mundo.

Os milhões de pessoas que perdem a vida ou ficam gravemente feridas em todo o mundo, com demasiada frequência devido à velocidade inadequada por veículos automóveis, merecem melhor.

ADENDA 1: Uma Carta Aberta (pdf) sobre a nomeação do novo enviado especial da ONU para a Segurança Rodoviária assinada por 101 organizações de todo o mundo, algumas portuguesas: a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR)​, a  Federação Portuguesa de Ciclismo​, a ACA-M​, a Academia de Condução Segura e a MUBi foi enviada aos vários departamentos das Nações Unidade e órgãos de Comunicação Social de todo o mundo.

ADENDA 2: A Petição da MUBi faz notícia:  Should the UN Appoint the President of Formula One as its Special Envoy on Road Safety?

AVAAZ petition

There is an Avaaz petition against Todt’s appointment. It was begun by the Association for Urban Mobility in Bicycle (MUBI) a Portuguese association of bicycle users. It says it “is not against cars or the automobile industry and motor sports in closed circuits. However, we strongly believe that a genuine willingness to pursue a true and sustainable road danger reduction implies necessarily that the world’s governments drastically change their transportation policies, making safety and sustainable mobility a top priority.”

It complains that the appointment of Jean Todt sends the wrong message to the world because it is precisely his biased point of view that can oppose the aims of a genuine and sustainable road danger reduction. “FIA also includes in its by-laws that their first mission is ‘upholding the interests of its members in all international matters concerning automobile mobility and tourism and motor sport’.”

(…)

Given that there are many people like Claes and the tireless workers of Embarq, now WRICities (whopost virtually every day on this website) and who create pilot projects and compile enormous amounts of research in their global network, who are not tainted by the automobile industry and who see things much more clearly, I’m inclined to agree with those Portuguese cyclists.

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One Response to PETIÇÃO: Estamos contra a nomeação do lobby automóvel para Enviado Especial da ONU para a Segurança Rodoviária

  1. J. C. Lima diz:

    Só agora vi esta notícia. Embora concorde com a essência da petição, a escolha da foto não foi lá muito feliz…

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