“Mobilidade Eléctrica Para Todos” – Position paper conjunto
As organizações nacionais no âmbito da bicicleta MUBi – Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta, Federação Portuguesa de Ciclismo e Abimota – Associação Nacional das Indústrias de Duas Rodas e a organização ambientalista ZERO, num position paper conjunto enviado ao Governo e aos Grupos Parlamentares, defendem a extensão do incentivo financeiro do Estado actualmente existente para a aquisição de automóveis e motos eléctricos à bicicleta com assistência eléctrica e a inclusão da bicicleta nas políticas públicas de incentivo à mobilidade eléctrica.
Em dois anos de existência deste incentivo, introduzido em 2017, o Estado terá apoiado com perto de 5 milhões de Euros a que se somará um montante de ordem semelhante em benefícios fiscais adicionais, designadamente isenção de Imposto Sobre Veículos (ISV) e de Imposto Único de Circulação (IUC), a aquisição de cerca de 2100 automóveis eléctricos.
Sem qualquer incentivo ou benefício fiscal foram adquiridas em Portugal apenas durante o ano de 2016 três mil bicicletas eléctricas, proporcionando uma solução de mobilidade saudável, ecológica e energeticamente eficiente para deslocações pendulares de maior distância, na logística urbana ou a pessoas de mobilidade reduzida.
A utilização da bicicleta como modo de deslocação, isoladamente ou em combinação com os transportes públicos, proporciona diversos e enormes benefícios ambientais, sociais, económicos e de saúde pública. Na União Europeia, onde 8% das deslocações são feitas em bicicleta, comparativamente com uma repartição modal crescente mais ainda de apenas cerca de 1% em Portugal, os benefícios socioeconómicos anuais desta utilização estão avaliados em mais de 500 mil milhões Euros.
A bicicleta eléctrica, ao permitir deslocações de mais longa distância, tornar obstáculos naturais mais fáceis de superar e possibilitar o transporte de cargas mais pesadas por quem faz compras ou ser usada nas actividades de distribuição, abre a utilização da bicicleta a novos grupos da população e tem um grande potencial de substituir deslocações em automóvel. Apresenta, por isso, numerosos benefícios para a promoção de uma mobilidade mais activa e sustentável e contribui para os objectivos ambientais e do sector dos transportes de Portugal.
As políticas públicas de incentivo à mobilidade eléctrica, e medidas e legislação subsequentes, têm de ter em conta todos os modos de transporte, e não ser focadas na redução de emissões de apenas um modo, ou não ter em consideração outros problemas da sociedade como o sedentarismo da população, congestionamentos ou o uso do espaço público. Não faz sentido o Governo afirmar que pretende investir em e promover formas de mobilidade menos poluentes e mais saudáveis e sustentáveis, e ao mesmo tempo discriminar negativamente a bicicleta.
Veja o position paper completo:
Nós precisamos de ti
Contribuir
Tags
Acalmia de tráfego actas de reuniões ANSR assembleia da república Assembleia Geral Aveiro bicicleta bicicultura Bike Buddy Clima cml comunicados comunidade COVID-19 código da estrada Direção ECF eleições encontros ENMAC Europa eventos governo incentivos intermodalidade investimento Lisboa mobilidade mobilidade activa modos activos modos suaves MUBi notícias notícias MUBi Orçamento do Estado política Porto projectos projectos em monitorização projectos europeus relatórios segurança rodoviária transportes públicos Viena VOCAArchives