Caros utilizadores de bicicleta,

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) inaugurou no passado dia 22 de Setembro a nova ciclovia entre Santa Apolónia e o Parque das Nações.

Este é um eixo crucial para a deslocação em bicicleta em Lisboa, dado que liga uma zona com perto de 100.000 habitantes e é um dos mais importantes pólos de trabalho de Lisboa, à zona do centro histórico. O troço de 5 quilómetros já vinha sendo utilizado por muitos ciclistas nas suas viagens casa-trabalho ou em lazer que, anteriormente à ciclovia, circulavam maioritariamente pela via interior ao Porto de Lisboa, como alternativa à Av. Infante D. Henrique, onde as condições de tráfego são pouco compatíveis com a utilização da bicicleta em segurança.

A MUBi pretende, muito em breve, emitir a sua opinião sobre esta nova infra-estrutura.

No entanto, gostaria de fazê-lo ouvindo a opinião de um grupo o mais alargado possível de utilizadores de bicicleta que já conheçam aquela infra-estrutura.

Para esse fim, gostaríamos de solicitar a vossa opinião e comentários sobre a mesma.

Pedíamos que partilhassem quaisquer impressões que tenham sobre a nova infra-estrutura.

Além disso gostaríamos de deixar, para vossa apreciação e eventual comentário, o conjunto de afirmações sobre a ciclovia abaixo transcritas.

Pedimos que enviem os vossos comentários para o tópico da lista em que receberam esta comunicação ou para o e-mail [email protected] até à próxima Sexta, dia 15 de Novembro.

Muito obrigado!

Pontos para apreciação

1. A hierarquia de decisão preconizada pelas boas-práticas Europeias e conforme constam da documentação do IMT, determina:

  1. Redução de volumes de tráfego motorizado

  2. Redução da velocidade de circulação motorizada

  3. Tratamento das intersecções e gestão de tráfego

  4. Redistribuição do espaço afecto à circulação motorizada

  5. Implementação de pistas cicláveis

  6. Conversão dos passeios em espaços partilhados entre peões e ciclistas

2. Apesar da redução dos volumes de tráfego motorizado terem tido algum sucesso com as intervenções na zona ribeirinha do Terreiro do Paço / Baixa, consideramos que as velocidades praticadas na Avenida Infante D. Henrique continuam a constituir um perigo para ciclistas e peões. Neste projecto não se vislumbra qualquer intervenção de acalmia de tráfego na avenida, nem um tratamento adequado das intersecções. A velocidade média praticada pelo automóvel na via adjacente não são só é incompatível com a segurança e agradabilidade daquele espaço para peões e utilizadores das paragens de autocarro, como consiste agora num perigo para os utilizadores da ciclovia.

3. Caso se pretenda manter o volume de tráfego e as velocidades actualmente praticadas na Av. Infante D. Henrique segregaçao da bicicleta é a solução adequada. Contudo, os elementos metálicos tubulares colocados nesta infraestrutura na “separação” entre a faixa de rodagem para automóveis não conferem uma suficiente função de “guarda-rodas”, sobretudo tendo em conta os excessos de velocidade aí praticados. Poucas horas após a inauguração da ciclovia já tinham ocorrido colisões contra os elementos metálicos de separação e uma árvore tinha sido quebrada, felizmente e por enquanto sem consequências graves.

4. Dado o reduzido número de interceções, também nos parece aceitável o facto de se ter optado, neste caso muito particular, pela bidirecionalidade da ciclovia.

5. É salutar a opção de não colocar a via para bicicletas em espaço dedicado ao peão (e à cota deste), ao contrário de grande parte das ciclovias desenvolvidas até ao momento pela CML.

6. A ciclovia tem uma largura insuficiente (2,20 m). Tendo em conta que a ciclovia: i) é bidirecional; ii) é delimitada de um lado pelo lancil do passeio e pelo outro pelos buracos das caldeiras de árvores; e iii) conta com sumidouros que ocupam parte considerável da via; a sua reduzida largura coloca em causa a segurança e o conforto dos ciclistas, num canal que começa já a ter uma elevada intensidade de tráfego de ciclistas. No entanto a largura da ciclovia poderia ter sido superior, caso se tivesse retirado um pouco de espaço às vias adjacentes, o que contribuiria também para a necessária acalmia de tráfego.

7. Parte do troço do lado da Estação de Santa Apolónia obriga os ciclistas provindos do lado Norte a circularem num espaço exíguo entre um muro ou passeio e pinos de separação da via automóvel. Também obriga os ciclistas a cruzarem-se entre si, e de forma pouco intuitiva, para transitarem da ciclovia para a estrada e vice-versa. Esta solução nada ortodoxa é confusa para os ciclistas e perigosa, quer na transição da ciclovia para a estrada quer na circulação nesse canal exíguo. Também impede efetivamente a sua utilização por bicicletas com carga, triciclos, atrelados, ou bicicletas de carga. O problema poderia ser resolvido se se restringisse aquele troço à circulação automóvel (que apenas serve para realização de inversão de marcha e acesso a um parque de estacionamento pouco utilizado), ou deveria no mínimo obrigar, através de medidas de acalmia de tráfego, à redução de velocidade a menos de 20 km/h, preferencialmente mantendo o normal posicionamento dos dois sentidos de circulação dos ciclistas.

8. É totalmente inaceitável, neste troço, a forma de transição dos veículos provindos da via automóvel para a via destinada a ciclistas. Esta situação é manifestamente perigosa, não promovendo a visibilidade ou a redução da velocidade, e colocando a responsabilidade de prudência no ciclista, como se pode verificar neste vídeo.

9. Nos locais onde existem lombas, foram selecionadas lombas de borracha, as quais são muito desconfortáveis e reconhecidamente desaconselháveis para vias cicláveis.

10. No atravessamento da linha ferroviária, as barreiras aí existentes impedem a utilização da ciclovia por bicicletas com carga, triciclos, atrelados, ou bicicletas de carga.

11. A solução encontrada nas passagens junto a paragens de autocarro é inconveniente, insegura, e induz o ciclista a cometer uma ilegalidade:

  • Impede, legalmente, o ciclista de circular naquele troço, dado que é proibida a circulação em passeio. A obrigação legal de percorrer estes troços apeado, é totalmente inconveniente num percurso que se pretenda cómodo e rápido. A grande maioria dos ciclistas optará por não cumprir a lei neste caso, com a conivência da CML.

  • Tendo em conta o princípio da visibilidade (ver e ser visto), a solução é perigosa. Os abrigos de paragem colocados não permitem a visibilidade entre ciclistas e ciclistas, e ciclistas e peões. A velocidade de aproximação do ciclista ao peão, o tempo de reação e a curta distância de travagem não são suficientes para atuação em segurança. A muito curta distância entre rampas e alguns abrigos potenciará ainda mais os acidentes.

  • Tal como é comum noutros países, a ciclovia poderia neste troço ser contínua, recorrendo aos dispositivos de segurança recomendáveis, e cumprindo o princípio basilar da segurança rodoviária que é ver e ser visto.

  

12. Após as primeiras chuvas, de intensidade relativamente fraca existiam poças de água ao longo do trajeto na Av. Infante D. Henrique. Aparentemente a questão do escoamento de águas não foi suficientemente tida em conta no projeto.

13. Nos locais onde existe partilha de espaço com o automóvel, foram colocadas “sharrows” encostadas à berma, o que vai contra as boas práticas de segurança, tal como já reconhecido no novo Código da Estrada.

14. Na Rua de Cintura do Porto, onde existe co-existência entre tráfego automóvel e em bicicleta, seria desejável a colocação de um limite de velocidade de 30 km/h e medidas adicionais de acalmia de tráfego.

15. No lado do Parque das Nações, a ciclovia é subitamente interrompida e conflui numa via pedestre ribeirinha onde, sendo atualmente permitida a circulação de bicicletas, existem conflitos recorrentes entre ciclistas e peões. Os ciclistas provindos da ciclovia não dispõem de um canal de acesso direto à estrada, local perfeitamente adequado para circulação de bicicletas na generalidade das vias da zona Sul do Parque das Nações.

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14 Responses to Diga-nos a sua opinião: a nova ciclovia Sta. Apolónia – Parque das Nações

  1. Paulo Cardoso diz:

    Neste momento deveria chamar-se cicloratoeiras devido ao mau estado do pavimento,falta de limpeza no proprio pavimento e até os ramos das àrvores em que basta uma pequena desatenção e levamos com um na cara.

  2. Pedro marques diz:

    de um modo geral é fraca. Na zona dos armazéns junto à Audi/Vw um desastre! Fui mais uma das incontáveis vítimas daqueles postes metálicos, ali colocados por um inteligente qualquer…

  3. Jorge Ramalho diz:

    Uso esta ciclovia todos os dias para me deslocar para o trabalho. Por duas vezes, em duas semanas, quase no mesmo sítio (no viaduto) tive a sorte de não morrer. Na primeira vez, um carro da PSP que seguia encostado à ciclovia (em contra-mão!) decidiu fazer uma inversão de marcha, para cima da ciclovia. Felizmente não aconteceu nada e consegui travar a tempo (devia ter tirado uma foto e ter apresentado queixa mas na altura pensei em tudo menos nisso). Hoje, no mesmo local, um camião (passam muitos por ali) que estava a sair do parque junto à passagem de nível (não tendo prioridade portanto – eu seguia por dentro em direcção ao túnel do Lux) ocupou as duas faixas de rodagem, obrigando-me a atirar-me para cima do muro para sobreviver. Não parou sequer, tirei foto mas está tremida e não se consegue perceber a matrícula. A bicicleta ficou danificada, e eu felizmente só ganhei uns arranhões.

    Já vi de tudo nesta ciclovia: coisas a serem arremessadas do viaduto e a aterra na ciclovia cá em baixo, motas a circularem nela, carros estacionados na via, duas paragens de autocarro, com os vidros partidos, claramente por causa de embates de ciclistas que provavelmente, por causa de um peão ou outro ciclista (não há visibilidade) não conseguiram travar a tempo. Todo o lixo da faixa de rodagem dos veículos a motor é depositado na ciclovia. Lixo, garrafas, vidros (muitos), até pneus rebentados de veículos motorizados andam por lá.

    Bom e agora que já desabafei vou tentar encontrar peças para a minha Peugeot com 40 anos que está toda espatifada por causa do acidente de hoje. Ia vendê-la mas assim já não consigo. Fica para decoração cá em casa.

    Se puderem evitar a ciclovia, por favor façam-no. Um abraço.

  4. Paulo Santos diz:

    Olá bom dia, ontem fui pela primeira vez, andar bicicleta nesta nova ciclovia(Zona do Parque das Nações/Terreiro do Paço), está óptima´, e a que dou os parabéns por a inciativa.
    No meu entender penso que os prumos metálicos instalados que fazem a separação das duas vias, tornam-se perigosos, principalmente no sentido sul/norte,onde fica com menos espaço, entre os prumos e o muro de betão, ainda ontem no período da manha presenciei duas quedas, uma das quais aparatosa.

    Deixo este meio comentário no sentido de minimizar um futuro acidente grave.

    um abraço

  5. Tomás Reis diz:

    Tendo em conta que a Avenida Infante D. Henrique a maioria dos automóveis circula em excesso de velocidade, não vejo nenhum inconveniente em retirar uma faixa à circulação automóvel, no sentido N-S, restando 4 faixas para o transporte rodoviário.

    Note-se que a ciclovia atual já foi construída sobre a faixa BUS do sentido oposto, reduzindo o número de faixas de rodagem da avenida de 6 para 5.

    Se a CML adotasse essa solução, haveria espaço suficiente para a criação de lugares de estacionamento longitudinal, e teríamos uma ciclovia monodireccional em cada lado da avenida.

    Se essas ciclovias estivessem elevadas em relação ao asfalto e rebaixadas em relação ao passeio, e se as passadeiras fossem sobrelevadas, seria melhor ainda!

  6. Mário diz:

    Sou utilizar diário deste cilclovia, vivo na zona da Ajuda e trabalho na perto do campus de justiça na zona da expo. Antes da construção desta via utilizava a estrada do porto de lisboa.
    Quanto à ciclovia acho que em Portugal se tem necessidade de complicar o simples, bastava terem deixado a faixa bus, colocarem um separador como o que existe, pintarem grafites de bicicletas de 10 em 10 metros e teríamos uma ciclovia barata e amiga do ciclista, nas de paragens dos autocarros a passagem dessa ciclovia teria de ser feita por trás das mesmas em piso alcatroado para dar segurança aos peões e aos ciclistas não se confundido as zonas.
    A implementação da ciclovia nestes moldes serve para tudo menos para andar de bicicleta em segurança. Os corredores utilizam-na para fazerem o seu jogging, as senhores levam os seus cães a passear e o ciclista encontra mais obstáculos nesta ciclovia do que na estrada.
    Por isso continuo a utilizar a estrada do porto de Lisboa onde sou respeitado pelos camionistas, que mesmo usando a sua zona de trabalho nunca neste 4 anos tive nenhum problema.

  7. Rui Morgado diz:

    Sou utilizador diário de bicicleta mas desloco-me para o lado oposto de Santa Apolónia, pelo que ainda não tive oportunidade de fazer esta ciclovia. No entanto gostaria apenas de aproveitar o facto de a MUBI muito em breve dar a sua opinião sobre a infra-estrutura para tentar que a MUBI interceda junto da CML para dar continuidade a esta ciclovia. Refiro-me ao seguinte, a nova ciclovia liga Sta. Apolónia ao Pq. das Nações, já existe uma ciclovia que liga o Cais do Sodré a Belém e no meio, entre as duas principais estações de comboios de Lisboa, Cais do Sodré e Sta. Apolónia não existe nada. Tendo em conta que no meio deste percurso, existe ainda a estação dos barcos que liga Lisboa ao Barreiro e Lisboa ao Montijo. Está a faltar um pequeno troço de ciclovia que liga um eixo crucial de ligação entre transportes públicos. A 1ª fase da obra de remodelação da Ribeira das Naus não contemplou uma ciclovia, desconheço se na 2ª fase a farão, de qualquer forma o piso que ali colocaram é o pior para as bicicletas urbanas, nomeadamente as dobráveis com roda 20″. Não deixa de ser caricato que tenham alcatroado por cima do empedrado a Rua do Arsenal, que é paralela à nova Ribeira das Naus e nesta última tenham colocado o empresado, que é um dos mais desconfortáveis pisos para bicicletas. Ou seja, não só não existe ciclovia como o piso é mau. Talvez a MUBI tenha alguma informação acerca deste assunto ou possa contribuir com sucesso, como tem feito até aqui, para que a CML execute um pequeno troço de ciclivi que permitirá no total ligar Belém e o Pq. das Nações.

  8. Muito obrigado por todos os comentários. Podem continuar a fazê-los até à próxima Sexta, dia 15 de Novembro.

  9. João Pernes diz:

    Já é bom existir. Vamos mas é aproveita-la. Boas pedaladas

  10. Hugo diz:

    Qual foi a ideia de plantar árvores a separar a faixa automóvel da ciclovia?!?
    Neste momento as árvores são “bebés” e quase não têm ramos, mas quando começarem a crescer (se entretanto não forem todas derrubadas por outras colisões, visto estarem mesmo coladas à faixa) os ramos irão certamente fazer diferença tanto para os carros como para os ciclistas.
    Seria bem mais prático algum tipo de arbusto que fizesse uma vedação mais vertical, apesar de depois necessitar de mais manutenção.

  11. Vasco diz:

    Quando há algum tráfego automóvel na Av. Infante D. Henrique a ciclovia fica muito poluída, poeirenta e ruidosa. Acabei por passar para a estrada que serve o porto de Lisboa, do outro lado da linha de comboios, por ser incomparavelmente menos má nestes aspetos.

  12. Sérgio Catita diz:

    Da leitura do artigo em questão fica claro que há imensos aspectos que estão por corrigir na ciclovia em questão, e em minha opinião começo por referir que esta iniciativa de criar este troço de ciclovia num percurso problemático para quem como eu o usava antes de o mesmo existir, coabitando com os camiões do Porto de Lisboa é uma tremenda melhoria.

    Esta solução demonstra o caminho que tem vindo a ser traçado e que é uma enorme mais valia a criação deste corredor ciclável suprindo espaço aos carros e não o fazendo aos pedestres como maior parte das situações.

    É certo que poderão e deverão ser ajustadas diversas situações menos bem resolvidas tendo consciência que esta estrutura nasce com a pré-existência de uma faixa de rodagem e estando à partida limitada pelas normais condicionantes tal como o escoamento que exite e que deverá escoar as águas pluviais não só da ciclovia mas também das faixas de rodagem automóvel .

    Se se informarem o caminho faz-se caminhado e se por exemplo hoje Amsterdão é o que é, devemos saber que à pouco tempo nos anos 70 era uma cidade completamente virada para o automóvel e num curto espaço de tempo teve a mudança que todos conhecemos e tornou-se numa das mecas do ciclismo urbano. Lisboa é uma cidade que viveu,e vive em função dos carros porém devemos nós ciclistas ser tolerantes na forma como ouco a pouco vamos festejando as conquistas que diáriamente nos proporcionam melhores condições de circulação ainda que estejam aquém daquelas que ambicionamos.

    Enquanto utilizador assiduo gostava de ver as ciclovias e esta em questão melhorada (até porque apareço numa das fotos numa situação menos favorável acompanhado do meu filho) e ver resolvidos os problemas que tão bem identificam, mas com a humildade de perceber que para uma esmagadora maioria das pessoas ainda somos uma “tribo” que aos poucos se está a insinuar e a ganhar o seu espaço na cidade tal como é rfelexo a Ciclovia do parque das Nações/Santa Apolónia.

    PS: a titulo de sugestão até porque me parece quer a dita ciclovia vai ficar por aqui era muito importante que no troço do largo passeio desde Santa Apolónia até ao Terreiro do Paço os passeios fossem devidamente boleados ao se fizessem rampeamentos com betuminoso afim de poder usar os mesmos com bicicletas de estrada, fosse mais fácil para as crianças ( omeu filho teve dificuldade em transpor os mesmos), atrelados ou cargo-bikes e até para carrinhos de bebés.(sugestão já feita ao Sr. Vereador Sá Fernandes que nem sequer resposndeu a email)

    Saudações ciclisticas e desejos de grandes sucessos na demanda das condições de circulação na cidade.

  13. Carlos Cunha diz:

    O traçado que liga o Terreiro ao Paço ao Parque das Nações é uma excelente opção.
    É sem dúvida uma mais valia para quem gosta de utilizar a bicicleta quer para as suas deslocações diárias, quer para simples passeio de fim de semana.
    A meu ver tem alguns pontos menos positivos, que se houvesse um maior cuidado na sua execução e projeto, puderiam ser corrigidos.
    Tais como:
    1 – interrupção na zona das paragens de autocarros.
    2 – sarjetas na ciclovia, com grades perigosas não só para os pneus mais finos, como para os outros ciclista pois podem estar mal posicionadas proporcionando queda e vários acidentes
    3 – mau escoamento das sarjetas em algumas zonas
    4 – falta de ligação ao terreiro do paço, percurso que terá de ser feito pelo passeio que a lei a partir de janeiro pune
    5 – mais perto do parque das nações, não existe qualquer iluminação, tornando o local de passagem extremamente perigoso, também devido aos desníveis do piso que com uma simples iluminação na bicicleta não se consegue ver
    6 – Zonas unidirecionais demasiado estreitas. Pex. junto ao viaduto que no sentido parque das nações/cais do sodré que em 2 locais o muro à esquerda e a estrada pela direita com cerca de 1 metro de largura de ciclovia. Já vi pessoas menos experientes a sofrerem acidentes.

    Sei que estes reparos já foram repetidos por muita gente, mas mesmo assim achei importante fazê-lo.

    Acho realmente incrível, que com tão bons exemplos por toda e europa, e apesar dos vários esforços de diversas associações de utilizadores da bicicleta, se continuem a cometer erros deste tipo.

    Penso que ainda não se percebeu muito bem o que é a mobilidade em bicicleta e o seu papel, pois continua-se a construir ciclovias para passeios de família ao domingo.

    Lisboa precisa de muito mais! Precisa de criar condições para que a bicicleta seja um meio de transporte seguro para quem anda diariamente, pois só assim, o número de utilizadores continuará a aumentar.

    Lisboa deveria encarar estas construções como algo realmente importante e não como mera campanha eleitoral.

  14. Paulo Aleixo diz:

    O traçado da ciclovia é excelente e tem pormenores muito positivos como a barreira visual proporcionada pelas árvores, já a sua execução tem alguns pormenores incompreensíveis como seja a interrupção da ciclovia sempre que há uma paragem de autocarro bem como as pendentes da estrada (e sistema de drenagem) não ter sido corrigido. No geral considero que se fez uma ciclovia necessária o que é bom, foi pena foi não ter sido mais pensada.

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